18 de mai. de 2016

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Apagão de memória ou mal de alzheimer ?

  
“Eu tenho impressão de que ele [José Sarney] jamais será contra o Maranhão. Eu acho que o governador Flávio Dino, ao ficar longe do presidente [Michel Temer], o poder não tem vácuo, o poder é ocupado imediatamente e, na hora em que ele fica longe, é claro que outras forças se aproximam. Então, se ele não quer que o Sarney tenha influência, ele precisa estar junto. Se ele ficar afastado, naturalmente o presidente Sarney crescerá. Mas não acredito que o Sarney tenha essa deliberação de criar dano nenhum ao Governo do Estado”.
Assim se posicionou o ex-governador e atual deputado federal José Reinaldo Tavares sobre o atual momento político, dando a entender que passa, no mínimo, por uma amnésia grave e que merece cuidados médicos imediatos.
Ora, o Maranhão inteiro vivenciou as perseguições impostas ao governo de Zé Reinaldo pelo senador José Sarney e seu grupo em Brasília, impedindo de todas as formas que recursos fossem alocados junto ao Governo Federal.
Tavares, então, teve um lapso de memória e não recorda mais daquele convênio de R$ 60 milhões para ajudar programas voltados para a área rural do Maranhão, em que o senador usou de todas as forças para impedir que chegassem ao nosso estado?
O próprio governador, naquela época, denunciou todas as artimanhas do grupo Sarney para prejudicar seu governo e, consequentemente, o povo do Maranhão. Mesmo perseguido, Tavares ainda conseguiu eleger seu sucessor, Jackson Lago, impondo uma derrota à senadora Roseana Sarney.
Que ele queira, a todo custo, se reaproximar do seu pai político, o ex-senador José Sarney, tudo bem, tudo bacana.
Agora tentar passar a falha informação de que Sarney não virar com toda a carga negativa contra Flávio Dino, aí deixou de ser um pagão de memória para se transformar em Mal de Alzheimer.
Blog do Luís Cardoso

Vanguardas do Retrocesso, por José Renato de Campos Araújo

 

Vanguardas do Retrocesso. Ou como voltarmos décadas em menos de uma semana

Leiamos os primeiros sinais de fato do “novo” governo Temer, e seu projeto de salvação nacional através da harmonia tão “sonhada” por todos. E o que vemos??? Infelizmente aquilo que somente um governo que é criado e estrategicamente trabalhado por lideranças das bancadas do “Boi, Bala e Bíblia” de nosso parlamento pode oferecer. Um retorno aos anos 50 quando muito, pois se pensarmos na extinção do Ministério da Cultura (criado em 85 na esteira da Nova República, e que contou como Ministro com nada menos que Celso Furtado como o primeiro responsável pela pasta) e na recriação do velho MEC dos anos 30, vemos que em plena Sociedade Pós-Moderna e da Informação o Sr. Michel Temer ainda não consegue ver a Cultura e seus produtos e projetos como autônomos. Fato risível por si só, afinal no mundo do You Tube, Apple, Google e dos conteúdos virtuais, nosso presidente sem votos prova que não faz a mais parca ideia em qual mundo vivemos nos dias atuais.
Vejam a série de entrevistas oficiais que o Sr. Temer concedeu aos meios de comunicação oficiais, as Organizações Globo, neste final de semana. Entre a série enorme de inconsistências de alguém que nunca teria condições de ser líder de qualquer nação do mundo, quero destacar a cereja do bolo – a “Área Social” e a convocatória de sua jovem e “recatada” esposa à responsabilidade “condizente” com o posto de primeira dama.
No dia 15 de maio no jornal O Globo, em sua edição on line, encontramos a seguinte matéria jornalística - “Em entrevista, Temer diz que convocará Marcela para área social”. Ao ler seu texto encontramos os principais pontos da entrevista veiculada no Fantástico de domingo (semanário oficial das Organizações Globo).
Fantástica notícia, pois em menos de uma semana já sabemos que o “governo” do Sr. Temer nos levará na velocidade da luz para o confortável mundo dos conservadores dos anos 50, momento no qual a visibilidade, ou “relevância” (ao menos nos círculos de poder), para as mulheres no espaço público era incrivelmente menor do que nos dias de hoje. E o que acontece se pensarmos um pouco mais sobre o significado da “convocação” de Marcela Temer para a Área Social?
O que acontecerá com aquelas que reivindicam não serem mais tratadas como fruto de determinantes biológicos impostos pelo conceito de “Sexo”, exigindo que sejam encaradas não mais como um objeto decorativo que sempre ficam atrás dos seres masculinos? Mulheres que estão no espaço público reivindicando antes de qualquer coisa serem tratadas como seres humanos construídos socialmente em relações de poder extremamente desiguais e opressoras? Será que o modelo de mulher, já cantada em verso e prosa por muitos de nossos meios de comunicação antes mesmo do afastamento da presidenta Dilma, “recatada e do lar” que dedica sua vida a benemerência contempla algum tipo de protagonismo no campo público?
Vejamos as democracias avançadas, afinal nosso presidente interino em seu pronunciamento (que até vazou na mesma imprensa que vem tecendo loas ao modelo de mulher simbolizado pela mãe de Michelzinho – outro novo personagem na nosso espaço público, segundo parte de nossa imprensa), aponta para a defesa da democracia e a salvação nacional. Afinal, o Brasil passa por profunda crise que estava nos afastando dos princípios do Estado de Direito (afinal afastamos uma presidente eleita no meio de seu mandato). Portanto, nada melhor que olhar para os modelos criados por sociedades onde a democracia é um modelo aparentemente incontestável.
A mulher recatada e do lar apresentada pelo Sr. Temer, e por boa parte de nossa imprensa, parece não estar muito afinada com aquela mulher que emergiu ao menos desde a década de 60 na Europa e EUA em primeiro lugar. Afinal lá nestas paragens os personagens femininos quando se apresentam na vida pública, ocupando cargos públicos relevantes, exigem que o tratamento dado tanto por governantes como pela imprensa deixe de lado o anacrônico conceito de “Sexo”, trazendo para o centro do debate político (sim, mulheres fazem política!) o conceito de “Gênero”, uma vez em seu bojo estar presente não mais o modelo da mulher necessariamente recatada e do lar que sempre exerce papeis secundários, ou quando muito tem seu protagonismo restrito à benemerência. Mas sim contempla modelos nos quais a mulher assume a centralidade da esfera pública, com muita luta e ainda com grande resistência de alguns setores ainda apegados a velhas imagens da mulher tradicional, que é exclusivamente capaz de ser mãe, esposa e caridosa com o próximo. Seria isto que nosso novo presidente tem em sua mente quando falou em convocação de sua esposa para cuidar da Área Social de nosso Estado? Lembrando, vivemos num país ainda muito desigual, no qual a Área Social não é mero enfeite, mas sim área estratégica se um dia desejamos atingir outros níveis de desenvolvimento. Seria através da velha figura de primeira dama, a qual parece-nos que a jovem Sra. Marcela está encampando de muito bom grado, que conseguiremos administrar a Área Social brasileira nos próximos anos?
No caso da Área Social de nosso Estado será uma tragédia se retornarmos à filantropia do passado. Lembremos, no caso brasileiro a última primeira dama que assumiu a Área Social dentro desta ideia foi a Sra. Rosane Collor assumindo a Legião Brasileira de Assistência (órgão do governo federal extinto em 1995, não a toa como um dos primeiros atos de Fernando Henrique Cardoso já em 1º de janeiro de 1995, data de sua posse como presidente). Pois aparentemente em 1995 com a chegada da Profa. Ruth Cardoso junto do programa Comunidade Solidária parecia que o Brasil tinha dado alguns passos a frente, afinal Dona Ruth (como ficou popularmente conhecida) tinha consciência que o mundo em 1995 não era mais o mundo que, incrivelmente, parece existir ainda hoje, 2016, no Palácio do Planalto e, principalmente, dentro do imaginário da “bela, recatada e advogada” sra. Marcela Temer.....Triste, mas como sabemos há séculos “o belo” pode em instantes transformar-se no horror de milhões.....Termino dizendo que somente isto já basta para sabermos os caminhos que o novo governo trilhará, poderia avançar bem mais em minha análise, e chegar nos dias atuais, mas por ora acho que isto é mais do suficiente para ver a que pontos chegamos, e, portanto, deixo de lado a extinção da Secretaria de Políticas para as Mulheres, ato já consumado em nosso Governo Temer.....

Prof. José Renato de Campos Araújo - Curso de graduação em Gestão de Políticas Públicas, Programa de Pós-Graduação em Estudos Culturais, Observatório Interdisciplinar de Políticas Públicas. Escola de Artes, Ciências e Humanidades - Universidade de São Paulo
Pesquisa: Jornal GGN ,O JORNAL DE TODOS OS BRASIS.
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Presidente Temer extingue orgão independente e autonômo de combate e fiscalização de corrupção

Em decreto oficial, Temer acaba com a Controladoria Geral da União e dá status de Ministério tornando-a um puxadinho do seu governo e não um orgão de fiscalização independente

A extinção da Controladoria Geral da União é um absurdo! Órgão de controle interno, reconhecido no mundo pela sua importância! Arrancaram a porta, pode roubar! Virou Ministério, ou seja, subordinado a interesses políticos do partido que detêm o titular da pasta. Perdeu o caráter técnico.
Comentário:
Eu não entendo o que passa pela cabeça desses políticos, quando chegam ao poder, ao invés de melhorar e robustecer os órgãos fiscalizadores dos atos políticos deles, fazem é extinguir, só assim, fica menos um para rastreá-los. "Ei tira essas grades aqui dessas portas deixa o ladrão entrar, deixem o acesso livre etc."

Grupo de trabalho criado pelo governo começa a discutir reforma da Previdência

O governo federal inicia nesta quarta-feira (18) uma rodada de negociações com as centrais sindicais para discutir mudanças na Previdência Social. O grupo de trabalho foi criado pelo presidente interino Michel Temer nesta semana, e, para que possa antecipar futuros impasses, vai contar com um representante do Congresso Nacional.
O objetivo é apresentar em 30 dias uma proposta de reforma da Previdência. Embora tenha a intenção de ouvir as propostas e buscar um consenso antes de encaminhá-las ao Legislativo, o governo já prevê que pelo menos um dos dois fatores, a idade ou o tempo de contribuição, terá impacto com as mudanças.
Na última segunda-feira (16), Temer recebeu integrantes das principais entidades que representam os trabalhadores, com exceção da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), e ouviu reclamações sobre a ideia de fixar uma idade mínima para a aposentadoria. Os participantes do encontro disseram que vão tentar sensibilizar as demais centrais para que participem dos debates.
Apesar dos argumentos da equipe econômica do governo, os sindicalistas alegam que antes de pensar em reformar a Previdência, é preciso buscar outras fontes de receitas, e que os trabalhadores não podem, mais uma vez, arcar com o ônus da crise econômica. O grupo de trabalho é composto por dois representantes de cada central sindical e de parlamentares e coordenado pelo ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha.
Pesquisa:Agencia Brasil