18 de fev. de 2018


Huck: velhas práticas em nova roupagem

Por Luis Felipe Miguel



Luciano Huck publica hoje seu terceiro artigo na página 3 da Folha de S. Paulo. Quer dizer, o terceiro na condição de semi-candidato à Presidência, pois sua estreia naquele espaço, mais de dez anos atrás, foi o inesquecível elogio fúnebre a seu Rolex roubado, que inclui a frase "pensando, cansado ou peidando, hoje posso dizer que sou parte das estatísticas da violência em São Paulo".
Como esperado, Huck anuncia outra vez que não vai concorrer nas eleições de outubro. Mas o faz com discurso de candidato. É mais uma chance, portanto, de conhecer as ideias da encarnação viva e televisiva da decantada "renovação política", aquele capaz de acolher as esperanças de gente tão insigne quanto Eliane Cantanhêde e Fernando Henrique Cardoso.
Uma boa parte do texto é dedicada à construção da dobradinha "eu sou o máximo/eu sou humilde". Todos afirmam que sou a solução para o Brasil, diz Huck, mas o país não pode depender de um só indivíduo.
Tirando isso, o texto pode ser resumido a uma de sua frases: "Todos juntos pela renovação verdadeira". Parece pouco para um artigo de 793 palavras, mas é significativo. O chamamento à ampla unidade ("todos juntos") é restringido pelo qualificativo que o segue. O "todos" só engloba quem é "pela renovação verdadeira" da política. Há uma linha divisória, um "nós versus eles" implícito, e essa linha não consiste em campos opostos nas relações de dominação, em projetos de sociedade, em visões de mundo. É a "ética". "Todos juntos" = todos os "cidadãos de bem". E o sentido da "renovação verdadeira" fica claro quando Huck a exemplifica com as iniciativas empresariais de formação de lideranças alinhadas a seus interesses.
Nem é preciso discutir a falácia desta compreensão da política. O próprio autor do artigo já mostra que, por trás da exaltação do novo, permanecem os mesmos velhos truques. O texto ignora olimpicamente todos os petardos que atingiram a "não-candidatura" do marido de Angélica nas últimas semanas, a começar pelo jatinho financiado pelo BNDES. Afinal, o "cidadão de bem", por sê-lo, não precisa se explicar diante da opinião pública.
Vigora a doutrina Ricupero: o que é bom a gente fatura; o que é ruim, esconde. O problema inicial do discurso "a honestidade é o único divisor de águas" é que ele é sempre empunhado desonestamente.
Do Jornal GGN



Bacabal vence o Maranhão  (Foto: Bruno Alves/Globoesporte.com (Arquivo))

Bacabal vence o MAC, ganha a primeira no Estadual e deixa a lanterna


A primeira vitória do Leão finalmente chegou. Jogando na tarde deste sábado, no Correão, o Bacabal venceu o Maranhão, por 1 a 0, em partida válida pela quarta rodada do Campeonato Maranhense 2018.
O único gol da partida foi marcado de pênalti aos 25 do primeiro tempo com Dênis para o BEC. Aos sete minutos da segunda etapa o Bacabal ficou com um a menos depois da expulsão de Ricardinho, que tomou dois cartões amarelos e o consequente vermelho.
Com a vitória, o Bacabal faz seus primeiros três pontos na competição e subiu para sétima colocação. Com cinco pontos, o MAC é o terceiro, mas aguarda resultados da rodada para saber se perderá posições.
O Bacabal volta a campo no próximo sábado, contra o Moto Club, novamente no Correão, às 15h45. O Maranhão faz o clássico Samará, contra o Sampaio, no domingo da semana que vem, às 16h, no Castelão.
Do G1 Maranhão

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Preconceito e desinformação dificultam combate ao alcoolismo
A maioria das pessoas não sabe que o alcoolismo é uma doença. O alerta é feito pelo membro do Alcoólicos Anônimos (A.A.), Tadeu T.B., sóbrio há três anos e que faz parte do comitê de divulgação do grupo. “Existe muito preconceito e ele é originado da desinformação, acham que a pessoa que tem problema com a bebida alcoólica é por falta de caráter, de vergonha na cara, e outras expressões pejorativas que acabam utilizando”, explica.

Hoje (18) é lembrado como o Dia Nacional de Combate ao Alcoolismo, data instituída para conscientizar a população sobre a doença e os prejuízos causados pelo consumo excessivo de bebidas alcoólicas. Segundo Tadeu, há diversas formas de se informar e buscar ajuda, e uma delas é o A.A. “Há linhas diferentes de buscar solução para o problema. As políticas públicas buscam a redução de danos, enquanto o A.A., por exemplo, busca a abstinência total”, compara.

Segundo dados da Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), feita pelo Ministério da Saúde, em 2016, a frequência do consumo abusivo de bebidas alcoólicas foi de 19,1%, sendo cerca de duas vezes maior em homens (27,3%) do que em mulheres (12,1%). Considera-se uso abusivo quem ingeriu de quatro a mais doses para mulheres, ou cinco a mais doses para homens, em uma mesma ocasião dentro dos últimos 30 dias antes da pesquisa.

Tadeu explica que a  pessoa que sofre com o alcoolismo ou sua família precisa procurar ajuda, pois há uma dificuldade muito grande na aceitação da doença. Ele contou que o pai também é alcoólatra e conseguiu deixar o vício com tratamento psiquiátrico, utilizando remédios. “Tentei essa forma e comigo não funcionou”, diz.
“É cultural, todas as ocasiões sociais são regadas a muita bebida. Então, a dificuldade é que, ao tirar esse momento, a pessoa não sabe o que fazer na vida, não tem perspectiva”, explicou. “Vive-se em negação por muito tempo, dar o braço a torcer é muito difícil”, diz. Mesmo depois que o alcoólatra consegue aceitar a ajuda, segundo Tadeu, o alcoolismo é um problema crônico que exige atenção para o resto da vida.

Fator agravente

O aumento no percentual de brasileiros que combinam álcool e direção também foi demonstrado pela pesquisa Vigitel. Em 2016, 7,3% da população adulta das capitais brasileiras declararam que bebem e dirigem. No ano anterior, o índice foi de apenas 5,5%. Um aumento de 32%, em apenas um ano, segundo o Ministério da Saúde.
O álcool pode ocasionar ou ser um fator agravante para várias doenças, tanto fisiológicas quanto psicológicas e comportamentais. “Difícil achar um alcoólico que não pensou em se suicidar”, conta Tadeu.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde, o uso nocivo do álcool é um fator causal para mais de 200 doenças e condições de lesão. No mundo, 5,1% da carga global de doenças e lesões é atribuída ao álcool.

O importante, segundo Tadeu, é procurar ajuda, seja com o médico, o psicólogo ou com grupos como o A.A. A irmandade possui cerca de 5 mil grupos espalhados pelo país e não tem vínculos com nenhuma religião ou partido político. Informações e orientações sobre o A.A. estão disponíveis no site da organização.

Da Agencia Brasil