Acesso à Esplanada dos Ministérios é fechado para veículos por causa de greve geral/Créditos Agencia Brasil
Bloqueios
e atos de protesto marcam greve contra reformas do governo federal
Em diversas cidades do país foram registrado bloqueios de vias e
atos de protesto contra as reformas da Previdência e trabalhista. As centrais
sindicais e movimentos sociais convocaram uma greve geral para
hoje. O governo federal argumenta que as reformas são necessárias para o ajuste
fiscal das contas públicas, retomada do crescimento da economia e geração de
empregos.
São Paulo
Na
capital paulista, ônibus e metrô estão funcionando, pois os rodoviários e
metroviários não aderiram à greve. No começo da manhã, manifestantes bloquearam parcialmente
vias da cidade, como Avenida Washington Luís, e pontos de rodovias entre elas a
Rodovia Régis Bittencourt, próximos à entrada da capital paulista. De
acordo com a prefeitura, o trânsito flui normalmente.
Pouco
antes das 8h, manifestantes ocuparam o saguão do Aeroporto de Congonhas e
promoveram um ato de protesto. Não foram registrados atrasos nos embarques
e desembarques de passageiros por causa da manifestação.
Segundo
a Central Única dos Trabalhadores (CUT), bancários, professores, petroleiros e
profissionais da saúde devem aderir à greve.
Rio de Janeiro
No
Rio de Janeiro, as estações do metrô, barcas, trens urbanos, Veículo Leve sobre
Trilhos (VLT) e ônibus funcionam normalmente. O mesmo ocorre nos aeroportos
Santos Dumont, na região central da cidade, e no Aeroporto Internacional do
Rio/Galeão, na Ilha do Governador. As agências bancárias da Caixa
Econômica e do Banco do Brasil estão fechadas. Os caixas eletrônicos estão
funcionando.
Manifestantes bloquearam vias e
rodovias. A cidade está em estágio de atenção,
desde as 6h20, por causa dos bloqueios e retenção no trânsito, o que significa
que um ou mais incidentes estão atrapalhando a mobilidade em uma região.
No
momento, manifestantes se concentram na Rua Pinheiro Machado, altura do Palácio
Guanabara, sede do governo estadual, e também na Rua das Laranjeiras. O ato é
acompanhado pela Polícia Militar, mas não provoca problemas no trânsito. As
vias estão liberadas ao tráfego de veículos. Há também interdição parcial na
Avenida Rodrigues Alves, zona portuária do Rio, em frente ao Hospital dos
Servidores do Estado.
O
tráfego está normal na Avenida Brasil, que teve problemas no trânsito pela
manhã devido a interdições provocadas por manifestantes. A Avenida Brasil é a
principal via expressa do Rio, ligando a zona portuária da cidade às zonas
norte e oeste, e faz confluência com as rodovias Presidente Dutra e Rio Juiz de
Fora.
Está
previsto um ato no centro do Rio no fim do dia. O prefeito Marcelo Crivella
avalia que a cidade está operando dentro da normalidade.
Distrito Federal
Os
ônibus e trens do metrô estão parados. A Justiça Federal determinou que, no
mínimo, 30% da frota dos dois meios de transporte sejam mantidos em circulação.
Se a medida não for cumprida, será aplicada multa de R$ 2 milhões para cada
sindicato.
As
agências bancárias também estão fechadas e só terminais de autoatendimento
funcionam.
A
Esplanada dos Ministérios está fechada para
circulação de veículos. A interdição começa na Rodoviária do Plano Piloto,
sentido Palácio do Planalto.
Policiais militares montaram cordões de revista nos acessos de
pedestres à área para impedir a entrada de manifestantes com paus, pedras,
barras de ferro ou qualquer material que possa ser usado como arma.
Além
de 2.600 policiais militares na área central da cidade, 400 homens da Força
Nacional estão, desde as 5h, fazendo a segurança patrimonial dos ministérios.
Na greve geral de 28 de abril, vários prédios foram alvo de vandalismo. A
operação seguirá até o fim da manifestação, que têm expectativa de público,
segundo a Polícia Militar, de 5 mil pessoas.
Sergipe
Na
capital e região metropolitana, 40 categorias aderiram à greve geral, segundo
centrais sindicais. O comércio funciona normalmente no centro de Aracaju (SE),
mas os mercados municipais não abriram.
Três pessoas foram detidas no início
da manhã. De acordo com a Polícia Militar, eles se preparavam para fechar a
ponte que liga Aracaju à cidade de Nossa Senhora do Socorro, na região
metropolitana. Com os manifestantes foram apreendidos cerca de 20 pneus e três
litros de gasolina.
Será realizada uma caminhada no
centro da capital.
Pernambuco
Apesar de não aderirem
oficialmente à greve geral, os rodoviários realizaram uma manifestação no
centro do Recife, estacionando os ônibus em uma das principais avenidas da
cidade, o que afetou o trânsito. Já os metroviários paralisaram totalmente
as atividades e apenas a linha centro do metrô está funcionando somente nos
horários de pico.
Foram registrados bloqueios em
rodovias e vias na região metropolitana, como o acesso ao município de Jaboatão
dos Guararapes.
Paraná
Adesão dos
trabalhadores é parcial em Curitiba. Motoristas e cobradores de ônibus e garis
estão trabalhando. Os petroleiros aderiram parcialmente à greve. A categoria
manteve a paralisação até as 9h e, depois, iniciou o trabalho.
Já os bancários, vigilantes e
profissionais da educação estão em greve. O Hospital de Clínicas, ligado à
Universidade Federal do Paraná, está fechado. Estão previstos atos de
mobilização durante a tarde.
Minas
Gerais
Em Belo Horizonte, os
professores e os metroviários aderiram ao
movimento de paralisação. Na capital mineira, as estações do metrô estão
fechadas.
Já a adesão dos bancários e
profissionais de saúde é parcial. De acordo com o sindicato dos bancários do
estado, algumas agências bancárias irão abrir com quadro de funcionários
reduzido.
Manifestantes fizeram pela
manhã atos de protesto no centro da cidade, e chegaram a interditar algumas
vias. O trânsito já está liberado.
Acre
Em Boa Vista,
manifestantes bloquearam duas das
principais avenidas da cidade, que foram liberadas às 9h, quando os
manifestantes se dirigiram em carreata para o centro cívico da capital.
Hoje foi decretado ponto facultativo pelo governo estadual e municipal por
causa do feriado municipal de São Pedro, que foi ontem (29). Com isso, os
serviços públicos não foram afetados pela greve.
Agencia Brasil
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