26 de nov. de 2015

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Muito se fala em Black Friday, mas o que é isso mesmo? Voce sabe?
Black Friday ou Sexta-Feira Negra  é um termo criado pelo varejo (retalho em português de Portugal) nos Estados Unidos para nomear a ação de vendas anual que acontece na sexta-feira após o feriado de Ação de Graças , que é a 4°quinta-feira do mês de Novembro. A ideia vem sendo adotada por outros países como Canadá, Austrália, Reino Unido, Portugal, Paraguai e Brasil.
Há vestígios de que a denominação surgiu no início dos anos 90 na Filadélfia  , quando a polícia local chamava de Black Friday o dia seguinte ao feriado de Ação de Graças. Havia sempre muitas pessoas e congestionamentos enormes, já que a data abria o período de compras para o natal. O termo já foi associado com a crise financeira que atingiu os Estados Unidos em 1869. Também passou a ser usado em 1966, mas só se tornou popular em 1975 quando o uso do termo passou a ser conhecido por meio de artigos publicados em jornais, que abordavam a loucura da cidade durante o evento.
Já se referiu ao período de conforto financeiro para os varejistas. No início de 1980, foi criada uma teoria que usava a cor vermelha para se referir aos valores negativos de finanças e a cor preta para indicar valores positivos. O período negativo correspondia ao período de janeiro a novembro e o lucro acontecia no dia seguinte ao Dia de Ação de Graças e permanecia até o final do ano.
O primeiro Black Friday do Brasil aconteceu no dia 28 de novembro de 2010 e foi totalmente online. A data reuniu mais de 50 lojas do varejo nacional.
Em 2013, a Black Friday no Brasil bateu seu recorde, lucrando R$770 milhões em comércio online. Os produtos mais almejados são televisores, e smartphones. A média de desconto para aparelhos celulares foi de 16%, e para televisores chegou a 19%.
Segundo a consultoria E-Bit, em 2014, a data deve gerar R$1,2 bilhão somente na internet, que corresponde a 3,5% do faturamento anual, consolidando assim, a Black Friday como uma das datas mais importantes para o comercio online.
Para evitar praticas fraudulentas como a maquiagem de preços, e falsos descontos, a câmara brasileira de comércio eletrônico (Câmara e-net), criou o código de ética para a Black Friday, e publicou uma lista com as lojas participantes que foram regulamentadas segundo as normas da cláusula.
Assim como nos Estados Unidos, a Black Friday Brasil acontece anualmente na sexta-feira seguinte à quarta quinta feira de novembro  . Há registros de que o evento também aconteça em lojas físicas, pelo menos no Brasil e Estados Unidos  . Outro problema sério que ocorre no Brasil são os descontos "maquiados", ou seja, as lojas sobem o preço uma semana antes do Black Friday e baixam no dia do evento alegando "mega descontos".
De acordo com um estudo feito pela Opinion Box em parceria com o Mundo Marketing, três em cada quatro internautas brasileiros pretendem aproveitar a data em 2014 para realizar compras online. Apesar de vários outros números positivos apresentados pela pesquisa, foi constatado que 42% dos entrevistados ainda desconfia dos descontos oferecidos no Black Friday.
Uma das maiores reclamações dos consumidores é a maquiagem de preços, tática utilizada pelos e-commerces pra vender mais sem ter que necessariamente diminuir os valores. Funciona da seguinte forma: O lojista sobe arbitrariamente o preço do produto dias ou uma semana antes do Black Friday. Dessa forma, no dia 28 de novembro, ele pode dar um desconto muito grande no produto, e o consumidor acreditará estar levando vantagem.
Fique atento, não se engane.
Fonte:Wikipédia 
Bactérias da Legionella no microscópio
Bactéria mata cinco mil brasileiros por ano

Enviado por Adir Tavares
Por Roxana Tabakman
Habituados a noticiar desgraças, nós jornalistas logo procuramos responsabilidades entre os causadores de tragédias por ação ou omissão. Geralmente os holofotes estão no terrorismo, no governo, nas empresas. Poucas vezes olhamos para atrás, e nos perguntamos o quê a imprensa poderia ter feito.
Agora, alertam os especialistas, a população brasileira corre um sério risco pela falta de divulgação na grande mídia de uma ameaça chamada Legionella, uma bactéria que, segundo estimativas, já mata anualmente cerca de 5.000 brasileiros.
“A imprensa trata do assunto com pouca ênfase e quando o aborda confunde informações” reclama o especialista em risco Leonardo Cozac. Semanas atrás, por exemplo, a TV Globo fez uma matéria sobre a Legionella que chamou a atenção dos especialistas por ter fornecido informações incompletas. “Nela se falava de que a Legionella vem pelo ar condicionado e de que o risco está somente na água aquecida” explicou ao Observatório da Imprensa, Marcos d’Avila Bensoussan, outro especialista da área que logo depois da emissão do programa fez o alerta do erro pelas redes sociais.
O perigo oculto no lava-jato
“As reportagens devem sempre consultar pesquisadores” recomenda Bensoussan, que acrescentou: “a imprensa tem que tomar cuidado.” Contrariamente ao difundido, a bactéria pode estar em qualquer aerossol ou vapor de agua, e na lista preta entram chuveiros, fontes decorativas, jacuzzis, parques aquáticos, umidificadores de ar, torres de resfriamento utilizados na refrigeração e máquinas de lava-jato.
Os especialistas não se cansam de afirmar que no ano de 2013, quando no Brasil ocorreram 387 mortes por dengue, 4.600 por tuberculose e 41 de malária, pela “desconhecida” Legionella teriam morto em torno de cinco mil pessoas. Os idosos com problemas respiratórios e fumantes formam o maior grupo de risco. Mortes, custos médicos, absenteísmo em escolas e trabalho poderiam diminuir sensivelmente com mais informação. A única prevenção possível é evitar a sua proliferação nos ductos de água. Infelizmente, análises de amostras de água de todo o Brasil, mostram um percentual de 15% de resultados positivos para a bactéria.
Uma busca no Google, permite conferir facilmente o pouco destaque que a mídia brasileira tem dado ao problema que acaba com 13 vidas por dia no país, nos cálculos mas otimistas. A imprensa pode colaborar de diversas maneiras. Uma é simplesmente publicando notícias que atraiam a atenção do público e dos responsáveis. Em tese, a difusão de informações sobre a legionella poderia fazer pressão para que o Ministério da Saúde aborde o assunto de forma proporcional à sua importância. Os hospitais no Brasil não identificam o tipo de microrganismos que causa febre ou pneumonia, e se fosse feita a identificação, seria mais fácil localizar surtos ou regiões com problemas de proliferação da bactéria.
Fatos noticiosos a destacar não faltam. Em Nova Iorque houve um surto recente com cerca de 12 mortes e mais de 300 pessoas contaminadas. Houve casos fatais também em Illinois e Califórnia. De fato, nos EUA os casos se triplicaram entre 2001 e 2012. Faz um ano houve no Portugal um surto com 7 mortes e 273 contaminados.
A grande maioria dos focos da doença está associada a hotéis, resorts, e navios além de hospitais e por causa disso o assunto está despertando o interesse dos turistas estadounidenses que virão aos Jogos Olímpicos. Quando se fala em Legionella no Brasil, logo vem à cabeça de muitos, o caso do ex-Ministro Sérgio Motta, que teria falecido depois de ter contraído essa bactéria. Na época, o governo e a mídia relacionaram essa morte a sistemas de ar condicionado sem manutenção. A qualidade de ar melhorou, mas o risco ainda se esconde no água.
Uma segunda via em que a mídia e chamada a ocupar um papel importante é alertar corretamente sobre a prevenção da enfermidade, explicando de forma clara os cuidados domésticos como a esterilização da água utilizada em umidificadores residenciais e a limpeza de chuveiros. “A Legionella ficou conhecida em 1976. Já se passaram quarenta anos, os casos se multiplicam e ainda há muito por fazer para que mais vidas sejam poupadas por esta bactéria no nosso dia a dia” conclui Bensoussan, editor do livro gratuito de divulgação Legionella na visão de especialistas. “A população brasileira corre um sério risco pela falta de divulgação na grande mídia e por falta de interesse do Ministério da Saúde em abordar seriamente o assunto.” acrescenta Cozac.
Problemas no pais não faltam. Seria bom não ter que agregar ao dengue, vírus Zika e microcefalia, o título “Surto de Legionella no Brasil”. Ainda dá para fazer a nossa parte. Para mais detalhes sobre a Legionella, visite as seguintes páginas na internet:
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Roxana Tabakman é bióloga e jornalista. Autora do livro “A saúde na mídia. Medicina para jornalistas, jornalismo para médicos” (Ed. Summus).
Do jornal GGN 

25 de nov. de 2015

Jovens trabalham mais que estudam no Brasil

Jovens no Brasil trabalham mais e estudam menos, mostra relatório da OCDE


O Brasil tem o maior índice de jovens que não estão estudando, em comparação com os países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) e parceiros, diz o relatório Education at a Glance 2015: Panorama da Educação, lançado mundialmente hoje (24). Os dados mostram que no Brasil 76% dos jovens entre 20 e 24 anos estão longe dos estudos, enquanto a média dos demais países é 54%.
Os dados revelam ainda que a maior parte desses jovens está trabalhando:  52%. O índice de emprego entre as pessoas da faixa etária é também o mais alto entre os países. "Embora o fato de que esses indivíduos não estarem mais estudando seja motivo de preocupação, é importante notar que a maioria deles estava trabalhando em vez de estudando", acrescenta o relatório, com base em dados de 2013.
O Education at a Glance 2015: Panorama da Educação é a principal fonte de informações comparáveis sobre a educação no mundo. A publicação oferece dados sobre a estrutura, o financiamento e o desempenho de sistemas educacionais de 46 países, sendo 34 membros da OCDE, países parceiros e do G20. 
Em todos os níveis educacionais, o Brasil apresentou taxas de desemprego inferiores à média dos demais países. Em 2014, a taxa de desemprego entre os indivíduos de 25 a 64 anos era 4,5% entre aqueles com nível inferior ao ensino médio; 5,6%, com ensino médio completo e 2,9% com educação superior. As médias dos países da OCDE eram, respectivamente, 12,8%, 7,7% e, 5,1%.
Mesmo com as altas taxas de emprego, grande parte da juventude brasileira permanece entre os que nem estudam nem trabalham, grupo conhecido como “nem-nem”. Mais de 20% dos indivíduos de 15 a 29 anos estavam nesse grupo em 2013. A média da OCDE era 16%. O valor, no entanto, é semelhante ao de outros países latino-americanos como o Chile (19%), a Colômbia (21%) e a Costa Rica (19%).
O relatório mostra que as novas gerações têm avançado mais nos estudos em comparação com os mais velhos. O Brasil apresenta uma das maiores diferenças entre gerações: enquanto apenas 28% dos indivíduos entre 55 e 64 anos concluíram o ensino médio, o percentual aumenta para 61% entre os de 25 a 34 anos.
"De fato, se os padrões atuais se mantiverem, mais de 60% dos jovens brasileiros podem esperar concluir o ensino médio ao longo da vida", informa o texto. No geral, o índice de conclusão do ensino médio é aquém da média dos demais países.
Em 2013, 54% dos adultos com idade entre 25 e 64 anos não tinham completado o ensino médio no Brasil, o que é maior que a média da OCDE, de 24%.
Segundo a publicação, analisar as taxas de conclusão de diferentes gerações é uma maneira de observar o ritmo em que sistemas educacionais têm se expandido nos países.
O Brasil também aumentou a parcela da população com um diploma de ensino superior, "embora esse aumento venha ocorrendo em ritmo lento", diz o texto. Entre 2009 e 2013, a parcela da população com idade entre 25 e 64 anos que concluiu o ensino superior passou de 11% para 14%. O nível está abaixo da média da OCDE, de 34%, e das taxas de outros países latino-americanos, como o Chile (21%), a Colômbia (22%), a Costa Rica (18%) e o México (19%).
O que diz a lei no Brasil
De acordo com o Plano Nacional de Educação (PNE), sancionado no ano passado, o Brasil tem até 2024 para que pelo menos 33% da população de 18 a 24 anos estejam matriculados no ensino superior, sendo pelo menos 40% em instituições públicas. Atualmente, 14,6% dessa faixa etária estão no ensino superior. O país terá também que assegurar em dez anos que 85% dos jovens de 15 a 17 anos estejam no ensino médio. Atualmente, são 59,5%. 
A OCDE é uma organização internacional composta, em sua maioria, por economias com elevados Produto Interno Bruto (PIB) per capita e Índice de Desenvolvimento Humano, consideradas países desenvolvidos. Os representantes fazem o intercâmbio de informações e alinham políticas, com o objetivo de potencializar o crescimento econômico e colaborar com o desenvolvimento dos demais países-membros.
Da Agencia Brasil 

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Maranhão está em alerta contra surtos de dengue, zika vírus e chikungunya
São Luís e outros 21 municípios maranhenses estão em "situação de alerta" contra surtos de dengue, zika vírus e febre chikungunya, de acordo com Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (LIRAa) divulgado nesta terça-feira (24) pelo Ministério da Saúde.
Os dados divulgados pelo órgão ministerial revelam que apenas três cidades do estado maranhense estão em situação considerada de risco - São Mateus do Maranhão, Tuntum e Vargem Grande. Ao todo, 199 municípios brasileiros estão na mesma classificação.
O Maranhão também aparece na lista dos 18 com confirmação laboratorial de zika vírus, ao lado de Roraima, Pará, Amazonas, Tocantins, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Bahia, Rio de Janeiro, São Paulo, Espírito Santo, Mato Grosso e Paraná.
Além disso, o Estado também está na lista dos que registraram casos "importados" (provenientes de outras unidades federativas) de febre chikungunya, ao lado do Pará, Ceará, Rio Grande do Norte, Goiás, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul.
Capitais
Das capitais brasileiras, apenas Rio Branco está em "situação de risco". Além de São Luís, também estão em "situação de alerta" Aracaju, Recife, Rio de Janeiro, Cuiabá, Belém e Porto Velho.
Estão com "índices satisfatórios" as capitais Boa Vista, Palmas, Fortaleza, João Pessoa, Teresina, Belo Horizonte, São Paulo, Brasília, Campo Grande e Curitiba. Já Macapá, Manaus, Maceió, Natal, Salvador, Vitória, Goiânia, Florianópolis e Porto Alegre não encaminharam os resultados.

Fonte:G1MA
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Briga entre ciganos termina com mortes em Alto Alegre do Maranhão

Uma confusão entre ciganos terminou com quatro mortes e quatro feridos em Alto Alegre do Maranhão (MA), município localizado no leste do Estado, a 235 km de distância de São Luís. Um tiroteio foi registrado em um campo de futebol no bairro de Santo Antônio, na noite dessa terça-feira (24). A motivação ainda não foi esclarecida pela Polícia Civil.
Ao chegar à cena do crime, uma equipe do 15º Batalhão da Polícia Militar do Maranhão (PM-MA) encontrou os corpos de Mateus Soares da Silva, Ilan Alves de Castro, Aldemir da Silva e Adriano Alves Castro, além de duas armas de fogo, três carregadores, cápsulas e munição intacta calibres .40 – de uso das forças de segurança pública – e 38.
Dois feridos foram levados para o Hospital Geral do município vizinho de Peritoró (MA). Eles foram identificados apenas como Juan e Francisco das Chagas e confessaram à polícia que dispararam contra as vítimas. A eles, foi dada voz de prisão.
Os corpos das vítimas foram levados para o necrotério do Pronto-Socorro da cidade de Bacabal(MA), que se recusou a recebê-los alegando temor pela invasão ao local, e encaminhados posteriormente para o Hospital Geral de Peritoró.
Do G1 MA 

24 de nov. de 2015

O desastre de Mariana é o retrato do Brasil

por Wilson de Figueiredo Jardim*

O rompimento da barragem de rejeitos de minério de ferro da Samarco ocorrido em 05/11 pode ser considerado o maior desastre ambiental já causado pelo homem no Brasil. Um número relativamente pequeno de vítimas frente à dimensão do evento, seguido por uma comoção mundial frente aos atentados terroristas em Paris que ocorreram na semana seguinte serviram para desviar as atenções do problema brasileiro. Similar ao que ocorreu quando do assassinato do então prefeito Toninho de Campinas, morto um dia antes do ataque às Torres Gêmeas em Nova Iorque , cuja atenção mundial acabou sombreando a morte do ex-prefeito.
No entanto, o evento de Mariana serviu para mostrar a negligência e a inoperância dos órgãos governamentares frente aos eventos desta natureza. Mesmo para quem não tem formação técnica, um simples passeio pela região mineradora e siderúrgica de Minas Gerais mostra a degradação ambiental em todas suas formas: uma forte contaminação atmosférica associada a um passivo ambiental visível nos solos e águas, onde a fiscalização pelos órgãos governamentais (DNPM e FEAM) fica muito aquém do esperado. Nestas regiões a riqueza é para poucos, enquanto que a degradação ambiental é democratizada. Se as Normas Reguladoras da Mineração estivessem sendo seguidas na sua totalidade pela Samarco, este evento não deveria ter ocorrido.
Quando o mar de lama desceu como uma avalanche para atingir o rio Doce, levando tudo no seu caminho, o governo descobriu que não sabia como agir, e começou o festival de barbaridades que não deve terminar tão cedo. Ibama, Ministério Público Federal e Estadual, agências ambientais estaduais, concessionárias de água, aventureiros, cada um falando sua linguagem própria. Afinal, qual era mesmo o material contaminante?
A primeira ação conjunta que se esperava do governo era a identificação rápida e precisa do material que jorrou da barragem. Granulometria, densidade, composição química, potencial de lixiviação de intoxicantes, dentre outros para só assim poder avaliar os possíveis impactos para a saúde humana e a biota. Como isso não foi feito, surgiram especulações sobre a toxicidade, o arsênio se tornou metal (é um metalóide), o material particulado se tornou solúvel, e assim o mar de lama invadiu também o bom senso.  Isso mostra a inoperância do governo, incapaz de colocar um único interlocutor para coordenar as ações remediativas. Interessante é que tanto na UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) como na UFOP (Universidade Federal de Ouro Preto) há uma série de dissertações e teses que mostram a caracterização e reuso desta lama. Mas parece que a desinformação é mais interessante do que a informação.
O ápice do festival de barbaridades técnicas foi o uso de bóias de contenção de material flotante (principalmente óleos e borras de derrame de petróleo) para conter o material particulado que compõem o rejeito, o qual tem um diâmetro médio de 10 µm, e evitar sua dispersão no mar. Só faltou alguém sugerir o uso de um grande macaco hidráulico para levantar a foz do rio Doce e fazer o rio correr para a cabeceira. Humor à parte, o desencontro é tão grande que não seria possível descartar esta eventualidade.
O material mais fino que compõe a lama de rejeitos irá se dispersar com o tempo ao longo do rio e no mar, causando um impacto transiente que já mostrou sua força. O fato é que temos agora um passivo ambiental residente de grandes proporções para tratar, visando restaurar ao máximo suas condições pré-acidente. A lama, contendo uma parcela apreciável de sílica, devastou as matas ciliares e ali se depositou, pelo menos em pontos mais próximos à barragem, e deve impedir a recomposição destas matas se não for removida ou recoberta com solo fértil. O leito do rio Doce recebeu uma quantidade de rejeito que deve atuar como se fosse um selo físico, impedindo trocas na interface água/sedimento, processo esse de vital importância para a saúde do sistema aquático.
A recuperação desta bacia é processo de longo prazo, e somente terá sucesso se houver um plano de ação coeso, envolvendo vários atores que trabalhem num projeto factível, integrado, multidisciplinar, usando ao máximo todo o conhecimento que já está disponível visando o sucesso desta remediação. E por favor, esqueçam as técnicas mirabolantes e pirotécnicas, e concentrem-se na fiscalização efetiva e na prevenção.


*Wilson de Figueiredo Jardim é professor aposentado do Departamento de Química Analítica (DQA), do Instituto de Química da Unicamp
Fonte Jornal GGN
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No Maranhão é tão perigoso ser jornalista quanto na Somália


Segundo dados do Comitê de Proteção aos Jornalistas (CPJ), uma ONG internacional, a Somália – onde um ou mais jornalistas foram assassinados por ano na última década e o Governo se mostra incapaz para solucionar estes crimes – é o lugar mais perigoso do mundo para se exercer a profissão, incluindo blogueiros e colunistas.
Estes números foram apresentados no dia 2 deste mês em assembleia geral da Organização das Nações Unidas (ONU) e a Síria não foi incluída porque está em guerra. Vendo estes números, é assustador pensar que nas duas últimas semanas dois blogueiros foram assinados no interior do Maranhão. O caso mais famoso no Estado é o do jornalista Décio Sá, morto em um bar, em 2012, na Avenida Litorânea.
Enquanto a Superintendência de Homicídios e Proteção a Pessoa (SHPP), órgão vinculado a Secretaria de Segurança Pública do Estado, investiga os crimes, jornalistas e blogueiros, principalmente os que escrevem sobre política, convivem com o medo e constantes ameaças. No último sábado (21), Orislandio Timóteo Araújo, o Roberto Lano, foi assassinado a tiros na cidade de Buriticupu (a 407 quilômetros de São Luís).
No dia 13 deste mês, Ítalo Eduardo Diniz Barros, foi morto com quatro tiros em Governador Nunes Freire ( a 181 quilômetros da capital). Ambos escreviam sobre política e foram ceifados de forma fria por homens em motocicletas.
O delegado titular da superintendência de homicídios, Leonardo Diniz, informou que equipes da SHPP se dirigiram para o interior no intuito de elucidar os casos. “Já estamos com equipe em campo e abrimos linhas de investigações sobre o caso de Buriticupu. Acredito que em pouco tempo vamos poder apresentar algo de concreto. Quanto ao crime de Nunes Freire, demos apoio à superintendência do interior e estamos acompanhando de perto”, explicou.

O delegado titular da Superintendência Estadual de Investigações Criminais (Seic), Thiago Bardal, acredita que esses assassinatos estão diretamente ligados a crimes políticos. “Estes crimes são para intimidar, com certeza. Como a polícia não tem bola de cristal, nós iniciamos investigações após denúncias. E como a polícia do Maranhão vem cada vez mais fechando o cerco contra criminosos, principalmente nas cidades do interior, estes crimes começaram a aumentar”, disse.
Ameaças, medo e descaso
Não é preciso muito esforço para encontrar profissionais que convivem com o medo. Chefe de reportagem do jornal O Estado e blogueiro, o jornalista Daniel Matos afirma que as ameaças são constantes. “Recebo ameaças constantemente, principalmente em comentários no meu blog. Até ligações com esse teor eu recebi. Geralmente estas ameaças ficam apenas no campo da intimidação, mas convivemos com isso sim”, contou.
Editor de política de O Estado e também blogueiro, o jornalista Marco Aurélio D’Eça acredita que quem trabalha com blog acaba despertando ainda mais ódio, até de autoridades como a polícia e o poder judiciário. “Agente se sente ameaçado o tempo inteiro. Há insinuações e intimidações. O problema principal, ao meu ver, é que blogueiros são vistos com forte antipatia pelas autoridades. A polícia e o judiciário nos enxerga com raiva. Por isso, vemos certo descaso nas apurações destes crimes”, asseverou.
A observação do jornalista Marco D’Eça sobre o descaso na apuração destes crimes chama atenção para um dado apresentado pelo CPJ na ONU. O Brasil, com 11 casos de assassinatos de jornalistas não resolvidos desde 2008, quando começou esta contagem, ocupa o 11º lugar entre os países mais perigosos para estes profissionais. Segundo o levantamento, na maioria dos casos, a prestação de contas chegou apenas aos autores materiais, mas não até os autores intelectuais.
Em São Luís, o caso mais famoso é o do blogueiro Décio Sá, que foi assassinado no 23 de abril de 2012, na Avenida Litorânea, com vários tiros. Até hoje, apenas o assassino confesso, Jhonatan de Sousa Silva, e um comparsa foram julgados e condenados. Os suspeitos de serem os mandantes do crime seguem presos, mas ainda não foram condenados.
Dados da pesquisa do CPJ
– Aproximadamente 96 % das vítimas são jornalistas locais. A maioria informava sobre a política e a corrupção em seus países natais.
– As ameaças frequentemente antecedem os homicídios. Em ao menos quatro em cada 10 assassinatos de jornalistas, as vítimas haviam denunciado ameaças, que quase nunca são investigadas pelas autoridades.
– Grupos políticos, entre eles facções armadas, são suspeitos de cometer 46% dos casos de assassinato, um aumento de 6% em relação ao índice de 2014. Funcionários governamentais e militares são considerados os principais suspeitos em quase 25% dos casos.
– Em apenas 2% dos casos os autores intelectuais foram apresentados e processados.
Do Imirante
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Árvore sendo derrubada

Quinze serrarias são fechadas no entorno de reservas indígenas em operação no Alto Turi e outras reservas

Quinze serrarias que atuavam de forma clandestina no entorno da reserva indígena Alto Turi, no norte do Maranhão, foram desativadas e tiveram os equipamentos destruídos durante operação da Polícia Civil e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). As toras de madeiras encontradas nesses locais foram incineradas.

“Todo mundo se evadiu. A gente não sabe quem é o dono, o responsável. Se a gente sair, ele vai vir tirar a serraria e colocar em outro local. Ele vai continuar causando dano ao meio ambiente, por isso destruímos”, explicou o fiscal do Ibama Givanildo Lima, chefe da operação.
A madeira extraída ilegalmente das terras dos índios Ka'apor enchem os pátios das serrarias clandestinas. Em Zé Doca, a 400 quilômetros deSão Luís (MA), os fiscais encontraram madeira estocada e constataram a ausência de licença ambiental. O valor da multa aplicada foi de R$ 110 mil.
Em outra serraria não havia estoque de madeira, mas mesmo assim o local foi embargado e os equipamentos lacrados. Foi feito o termo de infração por ela funcionar sem a licença outorgada pelo órgão ambiental competente e acabou tendo a atividade embargada.  A ação foi motivada após denúncias feitas pelos índios Ka'apor.
Na semana passada, uma operação da polícia conseguiu desarticular 11 serrarias que ficavam próximas a aldeias indigenas, nas cidades de Centro do Guilherme, Centro Novo e Buriticupu, no interior do Maranhão. Além de cortar e retirar madeiras ilegalmente das matas, as serrarias clandestinas também praticavam furto de energia.
Do G1MA 

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Presos suspeitos de crimes previdenciários no Maranhão

Equipes da delegacia da Polícia Federal (PF) de Caxias (MA) – município localizado no leste do Maranhão, a 360 km de distância da capital –, ministérios do Trabalho e Emprego (MTE) e Previdência Social (MPS) e Ministério Público Federal (MPF), além de órgãos que integram a Força-Tarefa Previdenciária, iniciaram na manhã desta terça-feira (24) uma operação para reprimir crimes previdenciários no Maranhão. Segundo a PF, o prejuízo inicial é de R$ 11 milhões.
Dez mandados de prisão preventiva, 22 mandados de busca e apreensão e cinco mandados de condução coercitiva, além do sequestro e arresto de bens e valores estão sendo cumpridos nas cidades de Caxias, Codó, Vargem Grande, Presidente Dutra, Barreirinhas, Paço do Lumiar e São Luís e Teresina (PI).
Entre os mandados judiciais, estão o que determina que o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) suspenda o pagamento de 288 benefícios assistenciais com graves indícios de fraude, submetendo-os a procedimento de auditoria.
Cem policias federais e cinco servidores da Assessoria de Pesquisa Estratégica e de Gerenciamento de Riscos (Apegr) – vinculada ao MPS – da operação batizada de Quilópode.
Esquema
As investigações tiveram início em 2012, quando foi identificado o esquema criminoso em que são falsificados documentos públicos para fins de concessão de benefícios de amparo social ao idoso, cujos titulares eram pessoas fictícias criadas pela associação criminosa para possibilitar a fraude.

Ainda de acordo com a PF, a organização criminosa atuava desde 2010. Um servidor do INSS, funcionários do Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e dos Correios participavam da quadrilha, concedendo e atualizando benefícios, atuando na abertura de contas-correntes, realização de prova de vida, renovação de senhas bancárias e efetivação de empréstimos consignados.
Fonte:G1MA