Excesso de poder faz Márcio Jerry irritar até os aliados
Não é facil o papel de
escudeiro de governador. A ele cabe proteger o chefe em qualquer situação e
atrair para sí a fama de arrogante, desagredador, ignorante, tratante e baba
ovo. Sempre foi assim e assim será.
No governo João castelo o
papel foi exercido com certa categoria e elegância por José Burnnet, político
experiente e velha raposa astuta.
Na gestão de Luiz Rocha,
o escudeiro era o professor Medeiros, que atraia todas as insatisfações
que não poderiam chegar ao governador. Era tido como o pior membro da
administração na ótica, principalmente, dos políticos;
Ai veio o governador
Epitácio Cafeteira que tinha na figura do cunhado, Saint Clayt, de fato o
real e incomodo chefe de gabinte. Era ele, sim, de fato o segundo governador.
Mais atrapalhava do que ajudava.
Já na administração
de Lobão, a cargo era dividido entre o filho do governador, Edinho Lobão,
e o técnico Tatá Milhomem, que cuidava da imagem e do trato do governo com os
políticos, enquanto o parente do chefe negociava com empresários.
Roseana Sarney nunca teve
um articulador, nem mesmo João Abreu e muito menos Luis Fernando. Era ela quem
fazia questão de destratar os políticos e mandar pra PQP quem ousasse qualquer
aproximação. Por isso o Palácio dos Leões era vazio.
Jackson Lago sempre
cuidou do tramento com os políticos e deixava para Aziz Santos a função de
dizer não e do chá de cadeira nas lideranças. Era o todo poderoso do governo
pedetista. É odiado até hoje.
Zé Reinaldo Tavares tinha
uma marionete Carlos Brandão, mas o chefe da Casa Cicvil de fato era a esposa
do governador, Alexandra Tavares. Dela os políticos não tinham do que reclamar.
Não afeita a dribles, agia com sinceridade. Sim, sim, não, não.
Mas agora o governador
Flávio Dino colocou Marcelo Tavares no meio de campo com a função de ficar
no mesmo lugar e se desejar pode ir pra casa sem deixar o cargo e salário.
E substituiu toda a
equipe por um só membro: seu secretário de Articulação Política. Sem a menor
experiência, deu a Márcio Jerry o comando do time com a liberdade
para jogar em todas as posições e se possível bater o escanteio, correr, e
marcar o gol.
Só não ensinou a ele que
para driblar tem que ter jogo de cintura e não sair empurrando a todos para
chegar na marca do penalti.
Por isso, Jerry passou a
ser odiado pela própria equipe e começa a ganhar a ira da torcida. Aliás,
o excesso de poder lhe subiu tanto a cabeça que imagina ser o próprio Messias.
Até pessoas do seu partido, o PCdoB, estão se sentindo desprestigiadas e
incomodadas.
Aquela máxima de quem
quer conhecer o homem é só entregar o poder a ele, cabe com perfeição
neste caso. Embora tenha um estilo mais próximo de Golbery da Couto e Silva,
articulador político dos governos militares, falta a Márcio Jerry o quepe e a
farda. O coturno ele colocou desde que o general Flávio Dino assumiu o poder.
Mas existe também uma
enorme diferença entre Jerry e Golbery: o lado intelectual. Se bem que se
comparados, o lado intelctual de ambos, um a mais e outro a menos, sempre foram
utilizados para prejudicar.
Informação do Blog do Luís Cardoso
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