Mais de 12
milhões de brasileiros utilizam ferramentas de educação na internet
Mais de 12
milhões de pessoas no Brasil acessam ferramentas de educação pela internet. São
exercícios, simulados, videoaulas, dicas e jogos, muitas vezes gratuitos, que
podem contribuir com o aprendizado. Os dados são do aprenda.online, plataforma
criada pela Fundação Lemann, que reúne sites voltados para
educação.
Estão na
lista tanto sites voltados para a alfabetização, como aqueles
voltados para preparar estudantes para o vestibular, o Exame Nacional do Ensino
Médio (Enem) e especializações. “O ponto principal dessas ferramentas online é
que muitas delas são totalmente gratuitas e qualquer estudante pode acessar a
qualquer momento, passar por todo o conteúdo sem gastar nada e com muita
facilidade. Basta acessar o computador, a internet e começar a estudar”, diz o
gerente de projetos da Fundação Lemann, Guilherme Antunes.
O portal
reúne links para sites como a Khan Academy, o
maior site de matemática do mundo; YouTube Edu, que reúne as
menores videoaulas selecionadas pelo YouTube; e o Coursera, plataforma aberta
que oferece gratuitamente cursos das mais renomadas universidades do mundo. “A
tecnologia ajuda a diminuir um pouco a lacuna grande entre acesso e
oportunidades que alunos lá fora têm, principalmente nos Estados Unidos e
Europa”, defende Antunes.
As aulas
podem ser acessadas pelos estudantes, individualmente, ou podem ser usadas em
sala de aula, com a assistência do professor. “Ao invés do aluno ter uma aula
tradicional, com lousa e giz, a aula é com os alunos no computador. Muitos
professores gostam desse papel de ajudar o aluno a estudar sozinho por meio da
plataforma, dessa junção do tradicional da sala de aula com a tecnologia”, diz
o gerente de projetos.
A escola
municipal Professora Maria Aparecida de Faria, em Moji das Cruzes (SP), é uma
das que usa a Khan Academy no ensino da matemática. Os alunos do 4º ano acessam
o portal no laboratório de informática. “É um recurso a mais que o professor
tem nas aulas. Ele acompanha, nos relatório que o site fornece,
os avanços dos estudantes. O programa trabalha com habilidades, na sala de
informática, o professor identifica habilidades que foram alcançadas e aqueles
que precisam de um trabalho maior”, explica a diretora da escola, Aliane Pontes
Rodrigues.
Acesso
Para acessar
as ferramentas é necessário acesso à internet. Aliane conta que, em Moji das
Cruzes, outras escolas também utilizam as plataformas online no
ensino. “Muitos estudantes acessam os conteúdos nas próprias casas, para
complementar o aprendizado, mas isso em comunidades que têm acesso à internet.
No município, tem escolas que participam do projeto, mas estão em bairros em
que o único acesso à internet é na própria escola”, diz.
Programas do
governo tem levado o acesso à internet para escolas da rede pública. É o caso
do Programa Banda Larga nas Escolas (PBLE) – uma iniciativa do governo federal
com empresas de telefonia para conectar as escolas com banda larga. Apesar
disso, no Brasil, 32.434 escolas públicas ainda não contam com qualquer tipo de
conexão à internet, segundo levantamento feito pelo Instituto de Tecnologia e
Sociedade (ITS), divulgado no final do ano passado. O número corresponde a 22%
do total de escolas públicas. A maioria das escolas sem acesso à internet está
no campo, onde apenas 13% estão conectadas à rede.
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