20 de ago. de 2014

Controle da raiva no Maranhão é tema de encontro realizado pela SES


Com objetivo de avaliar os resultados e sugerir novas diretrizes a serem implantadas no estado para o combate à raiva, técnicos da Secretaria de Estado da Saúde (SES), Ministério da Saúde (MS) e gestores municipais de saúde reuniram-se, nesta terça-feira (19), em São Luís, com a supervisão de representante da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS). Em pauta, o Plano de Contingência da Raiva no Maranhão, que vem sendo intensificado desde 2013, logo após a ocorrência de casos de raiva humana e animal em municípios do interior e na zona metropolitana de São Luís.

A partir da ocorrência de três casos de raiva humana em 2012 e meados de 2013, o plano de contingência lançado com a anuência do MS determinou que, além da realização de campanhas educativas e dia “D” para imunização, fosse implantada estratégia de vacinação animal de casa em casa como forma de barrar o avanço dos casos.



De modo geral, segundo o responsável pelo Departamento Estadual do Controle de Zoonoses da Vigilância Sanitária Estadual, Salim Jorge Waquim, com as estratégias de vacinação desenvolvidas, a fase crítica do problema de saúde pública foi equacionada, reduzindo os números de casos da doença em animais, e interrompendo o crescimento da incidência em humanos.

De acordo com o monitoramento feito e apresentado pelo técnico do departamento e médico veterinário Daniel Soares Saraiva, entre 2006 e 2014 foram 15 os casos confirmados de raiva humana no estado, dois deles registrados na macrorregional de São Luís, que abrange a capital e as outras três cidades do entorno (São José de Ribamar, Paço do Lumiar, Raposa).

Além dos casos em humanos, no mesmo período o levantamento aponta que foram notificados 189 ocorrências em cães, com o fator positivo de diminuição dos índices em 2014 (apenas três casos), enquanto em 2013 eram 29. 

“Foram três anos difíceis com casos registrados desde 2011, e que após um trabalho sério resultou em poucos casos de raiva canina este ano e nenhum caso registrado em humano. O trabalho vai continuar com uma série de oficinas, capacitações que já estão sendo realizadas não somente nas áreas prioritárias para combate, bem como em outros municípios, até o final do ano”, conta Daniel Saraiva.

Segundo Victor Del Rio, integrante da OPAS, o trabalho desenvolvido pelo Maranhão é acompanhando pela entidade desde 2012, e demonstra que os esforços concentrados na vacinação dos animais (cães e gatos), cumprimento de programas e metas foram eficazes para eliminar a raiva. Ele destaca, ainda, que é necessária a vigilância dos casos, de modo a dar para a comunidade internacional maior visibilidade quanto à sanidade dos animais no Maranhão.

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