
O número de famílias endividadas apresentou um crescimento de 0,5 ponto no mês de julho em relação ao período imediatamente anterior, segundo pesquisa elaborada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Ao todo, 63% das famílias brasileiras têm dívidas em julho, contra 62,5% em junho. Apesar desse resultado, a comparação anual mostra uma redução de 2,2 pontos percentuais no nível de endividamento - a variação em julho de 2013 era de 65,2%.
Mesmo com o endividamento maior, o percentual de famílias que apresenta dívidas ou contas em atraso perdeu força na análise mensal, passando de 19,8% em junho para 18,9% em julho, além da redução de 3,5 pontos percentuais na comparação com julho de 2013. O cartão de crédito foi apontado como o principal meio de endividamento por 76,6% das famílias, seguido por carnês (16,3%) e por financiamento de carro (13,2%).
Em nota, o economista da CNC, Bruno Fernandes, explica que o aumento dos juros e os ganhos de renda mais modestos geram condições menos favoráveis para o endividamento. “O crescimento do custo do crédito vem induzindo as famílias a ter mais cautela ao contratar e renovar empréstimos e financiamentos”, afirma o economista.
O levantamento mostra ainda que o percentual de famílias que declararam não ter condições de pagar suas dívidas atrasadas manteve-se no índice de 6,6% em julho, igual ao do mês anterior, e sofreu queda em relação aos 7,4% de julho de 2013. Para Fernandes, apesar de diminuir o índice de famílias com contas em atraso, a percepção delas sobre sua capacidade de pagamento se manteve estável, o que demonstra precaução. “A postura mais cautelosa das famílias em relação ao endividamento também vem impedindo uma alta da inadimplência”, diz o economista.
Fonte Jornal GGN
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