18 de mai. de 2015

Foto  Site Bacaba
Flor de Bacaba, realiza em Bacabal a 9ª Parada Gay

Por Nan Araujo
O Grupo LGBT de Bacabal, Flor de Bacaba , realizou dia 17 de maio, domingo, a 9ª Parada Gay de Bacabal, mas parada gay, não é apenas festa e Glamour, é momento para repensar conceitos, reivindicar direitos e respeito a uma minoria que luta por igualdade dentro da Sociedade, na qual está inserido.
Para entenderem melhor, veja um breve histórico do movimento hoje chamado LGBT no Brasil.
O movimento que hoje é conhecido pela sigla LGBT: lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros – e que já foi GLS: gays, lésbicas e simpatizantes – é composto por diversos eventos, promovendo e mostrando o trabalho de seus colaboradores e organizadores ativistas, sempre em busca dos direitos de sua comunidade, direitos estes negados ou desrespeitados por algumas parcelas da sociedade.
Como surgiu
Uma batida policial no bar Stonewall em NY,um dos principais bares da década de 60 que servia de ponto de encontro entre gays e lésbicas, cujos freqüentadores cansados de abusos e repreensões de autoridades locais, rebelaram-se em 1989.A prisão e o espancamento de várias pessoas levaram 2.000 manifestantes às ruas da cidade no dia 28 de junho daquele ano. Desde então, o “28 de junho” se tornou o dia oficial do orgulho gay.
Antes de falarmos sobre o histórico do movimento LGBT, é preciso entender o que é LGBT. É uma sigla que designa lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais. Em alguns locais no Brasil, o T, que representa a presença de travestis e transexuais no movimento, também diz respeito à transgêneros, ou seja, pessoas cuja identidade de gênero não se alinha de modo contínuo ao sexo que foi designado no nascimento (crossdressers, drag queens, transformistas, entre outros). 

Pode-se perceber que há no sujeito político desse movimento uma diversidade de questões envolvidas, predominantemente relacionadas a gênero e a sexualidade. O movimento brasileiro nasce no final dos anos 1970, predominantemente formado por homens homossexuais. Mas logo nos primeiros anos de atividade, as lésbicas começam a se afirmar como sujeito político relativamente autônomo; e nos anos 1990, travestis e depois transexuais passam a participar de modo mais orgânico. No início dos anos 2000, são os e as bissexuais que começam a se fazer visíveis e a cobrar o reconhecimento do movimento. 

Não podemos pensar a trajetória do movimento LGBT sem pensar em coisas que aconteceram no passado e influenciaram sua constituição, nem deixar de fazer referência a fatos que ocorreram fora do Brasil. 
O movimento brasileiro nasce no final dos anos 1970, predominantemente formado por homens homossexuais. 
Posteriormente, essa classificação se popularizou, chegando ao senso comum. Não podemos dizer, porém, que as classificações médicas e legais foram simplesmente transpostas para a população em geral, que as adotou prontamente. Todo o processo relativo à categorização de um "comportamento homossexual", desde então, foi permeado por conflitos com categorias locais e por apropriações e traduções dessas classificações. De qualquer maneira, não podemos subestimar a importância dos discursos médico e legal para a constituição da "condição de homossexual". Segundo o historiador inglês Jeffrey Weeks2, os impedimentos legais tornaram-se fator importante para que surgisse o termo "homossexual" como algo que denotasse um comportamento e até mesmo um modo de pensar e sentir diferentes da maioria. Tudo indica que a discussão pública da homossexualidade impulsionada pela questão legal, ajudava a criar uma nova identidade entre as pessoas que orientavam suas práticas e desejos sexuais para as do mesmo sexo. 
A bibliografia remete o nascimento do movimento homossexual ao final da década de 1940, quando se tem a primeira organização destinada a desconstruir uma imagem negativa da homossexualidade: o espaço chamado de COC (Center for Culture and Recreation), em Amsterdam, que foi criado pelo grupo que editava uma publicação mensal sobre homossexualidade, o Levensrecht - cujo título pode ser traduzido para o português como "Direito de viver". Os organizadores desse centro investiam seu esforço na promoção de ocasiões de sociabilidade e no trabalho junto a autoridades locais para fomentar a tolerância para com homossexuais. 
Hoje em dia, praticamente todos os países europeus e vários outros das Américas possuem suas paradas gay, algumas não necessariamente no dia 28 de junho.
Fonte:Site do Conselho Regional de Psicologia de São Paulo 

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