Conta de
luz fica mais cara a partir de sexta-feira no Maranhão
A Agência Nacional de Energia
Elétrica (Aneel) autorizou nesta terça-feira (25) o reajuste médio de 8,64% nas
tarifas da Companhia Energética do Maranhão – Cemar, que atua em todos os
municípios do estado. Os novos valores entram em vigor na sexta (28), para os
cerca de 2,2 milhões de clientes da empresa. Para os consumidores residenciais,
a alta média será de 8,63%, já para a indústria a elevação média será de 8,69%.
O índice aprovado nesta terça se
refere ao reajuste tarifário a que as distribuidoras têm direito e que é
avaliado todos os anos pela Aneel.
Os índices funcionam como um teto, ou
seja, o limite para o reajuste que a distribuidora pode aplicar. A empresa tem
autonomia para repassar aos consumidores um percentual menor.
As distribuidoras não lucram com a
revenda de energia fornecida pelos geradores (usinas), mas sim com o serviço de
levá-la até os consumidores. Entretanto, podem repassar para as tarifas todo o
custo com a compra dessa energia.
Energia mais cara
Em 2015, a agência vem autorizando
reajustes altos devido ao encarecimento da energia no país, provocado pela
queda no nível dos reservatórios das principais hidrelétricas.
Para consumidores do Sul, Sudeste e
Centro-Oeste, as contas de luz vão subir mais neste ano porque a lei prevê que
a maior parte desse custo extra seja bancada por essas três regiões.
No início de agosto, o governo
federal anunciou o desligamento de 21 usinas térmicas de maior custo, o que
deve gerar uma economia mensal nas operações da ordem de R$ 5,5 bilhões. Por
conta da escassez de chuvas, que prejudicou o armazenamento nas represas das
principais hidrelétricas do país, o governo vinha mantendo ligadas todas as
térmicas disponíveis desde o final de 2012. Como essa energia é mais cara, a
medida contribuiu para a elevação do valor das contas de luz.
O ajuste fiscal feito pelo governo
Dilma Rousseff com o objetivo de reequilibrar suas contas também contribui para
os aumentos mais fortes nas contas de luz em 2015. Isso porque o governo
decidiu repassar aos consumidores todos os custos com os programas e ações no
setor elétrico, entre eles o subsídio à conta de luz de famílias de baixa renda
e o pagamento de indenizações a empresas. Em anos anteriores, o Tesouro assumiu
parte dessa fatura, o que contribuiu para aliviar as altas nas tarifas.
Fonte:G1MA
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