Entenda a importância dos primeiros mil dias do bebê
Nascer com baixo peso (menor que 2500 kg) pode trazer consequências
imediatas ao bebê. Cerca de 50% da mortalidade infantil até o primeiro mês de
vida ocorre em decorrência do baixo peso para idade gestacional. No Brasil, de
8 a 10% vêm ao mundo nessas condições. “Esses bebês apresentam maior frequência
de diversos problemas como anemia, agravos no desenvolvimento físico e
emocional e até maior chance de virem a ter doenças crônicas no futuro”, alerta
a pediatra Filumena Gomes.
Antigamente, acreditava-se que as doenças crônicas tais como obesidade, hipertensão,
diabetes como enfartes e derrames, começavam na fase adulta. Mas estudos
recentes comprovam que eles podem ter início ainda no útero.
Isso porque durante a gestação as células se multiplicam em alta
velocidade o que caracteriza, portanto, uma fase determinante para a boa
formação de todos os órgãos do bebê, sobretudo, dos Sistemas Cardiovascular e
Respiratório. “Então, estudos britânicos comprovaram que quando o ambiente
uterino materno sofre alguma perturbação como uso de drogas, hipertensão, regime
alimentar excessivo ou até mesmo depressão, o neném pode vir a nascer com baixo
peso. Essa condição o deixa predisposto a desenvolver doenças crônicas quando
adulto, além de comprometer a elasticidade das artérias, densidade dos ossos e
estar mais suscetíveis à depressão”, complementa a também pediatra Ana Maria
Escobar.
Além disso, já se sabe que o ambiente em que vivemos pode ou não
contribuir para desencadearmos uma doença hereditária. Uma pessoa que tem
predisposição genética para desenvolver câncer de pulmão, mas vive no interior,
não fuma, adota hábitos saudáveis, tem tudo para mantê-lo inativo. Ao contrário
de quem leva uma vida estressante e mora em uma cidade poluída.
“Isso se aplica também ao feto, que, naturalmente, recebeu as cargas
genéticas dos pais, mas se o ambiente nutricional intraútero for favorável, ele
se beneficiará dessas condições iniciais para o resto da vida. Caso contrário,
poderá sofrer consequências de um período gestacional conturbado. O gene não é
definitivo e sim relativo”, pondera doutora Ana.
Ela explica: “O ambiente dentro do útero é como uma previsão do tempo
para o que o feto vai encontrar depois. Quando submetido a qualquer restrição
de nutrientes, ele tende a economizar energia. Mas, se ao nascer, o ambiente em
que ele vive continuar pobre, com alimentação defasada, essa poupança
energética pode ser vantajosa. Entretanto, nem sempre é o que acontece. A
tendência maior é o bebê encontrar um ambiente rico, com boas condições
nutricionais e ele não está preparado para isso. Então, aos dois anos de idade,
começa a ganhar peso em excesso.”
Período decisivo
Com isso, fica ainda mais claro o papel fundamental da mãe para garantir
a saúde do seu filho. “O mês anterior à gestação, os nove meses de gravidez e
os dois anos do bebê contabilizam os primeiros mil dias do bebê.
Estudos recentes apontam que os cuidados maternos durante esse período,
sobretudo, no que diz respeito à nutrição balanceada, serão cruciais para o bom
desenvolvimento do indivíduo ao longo da vida”, destaca doutora Filumena.
Obesidade, altas taxas de estresse, uma alimentação rica em gordura,
violência, entre outras situações adversas que a gestante pode enfrentar não
passarão impunes para o bebê. “A comunicação mamãe/bebê é feita por meio da
placenta. É essa estrutura que conduzirá não apenas os nutrientes, mas irá
traduzir todas as informações maternas para o bebê. Qualquer uma dessas
condições pode gerar estresse para o feto. Esse estresse poderá alterar o eixo
hormonal que regula funções do organismo como desenvolvimento e crescimento,
menstruação, níveis de transpiração, entre outras várias particularidades de
diversos órgãos”, complementa a especialista.
Dada a relevância do período intraútero para o bom desenvolvimento do
individuo ao longo de toda a vida, Filumena Gomes reforça a importância de
cumprir o pré-natal e vai além: “sempre que possível, o ideal é planejar a
gravidez. Assim, a futura mamãe pode minimizar os efeitos de uma carga
excessiva de trabalho, pode vigiar o ganho de peso e tomar outras providências
que minimizem situações adversas que causarão estresse para o bebê.”
Nascer com baixo peso (menor que 2500 kg) pode trazer consequências
imediatas ao bebê. Cerca de 50% da mortalidade infantil até o primeiro mês de
vida ocorre em decorrência do baixo peso para idade gestacional. No Brasil, de
8 a 10% vêm ao mundo nessas condições. “Esses bebês apresentam maior frequência
de diversos problemas como anemia, agravos no desenvolvimento físico e
emocional e até maior chance de virem a ter doenças crônicas no futuro”, alerta
a pediatra Filumena Gomes.
Antigamente, acreditava-se que as doenças crônicas tais como obesidade,
hipertensão, diabetes como enfartes e derrames, começavam na fase adulta. Mas
estudos recentes comprovam que eles podem ter início ainda no útero.
Isso porque durante a gestação as células se multiplicam em alta
velocidade o que caracteriza, portanto, uma fase determinante para a boa
formação de todos os órgãos do bebê, sobretudo, dos Sistemas Cardiovascular e
Respiratório. “Então, estudos britânicos comprovaram que quando o ambiente
uterino materno sofre alguma perturbação como uso de drogas, hipertensão,
regime alimentar excessivo ou até mesmo depressão, o neném pode vir a nascer
com baixo peso. Essa condição o deixa predisposto a desenvolver doenças crônicas
quando adulto, além de comprometer a elasticidade das artérias, densidade dos
ossos e estar mais suscetíveis à depressão”, complementa a também pediatra Ana
Maria Escobar.
Além disso, já se sabe que o ambiente em que vivemos pode ou não
contribuir para desencadearmos uma doença hereditária. Uma pessoa que tem
predisposição genética para desenvolver câncer de pulmão, mas vive no interior,
não fuma, adota hábitos saudáveis, tem tudo para mantê-lo inativo. Ao contrário
de quem leva uma vida estressante e mora em uma cidade poluída.
“Isso se aplica também ao feto, que, naturalmente, recebeu as cargas
genéticas dos pais, mas se o ambiente nutricional intraútero for favorável, ele
se beneficiará dessas condições iniciais para o resto da vida. Caso contrário,
poderá sofrer consequências de um período gestacional conturbado. O gene não é
definitivo e sim relativo”, pondera doutora Ana.
Ela explica: “O ambiente dentro do útero é como uma previsão do tempo
para o que o feto vai encontrar depois. Quando submetido a qualquer restrição
de nutrientes, ele tende a economizar energia. Mas, se ao nascer, o ambiente em
que ele vive continuar pobre, com alimentação defasada, essa poupança
energética pode ser vantajosa. Entretanto, nem sempre é o que acontece. A
tendência maior é o bebê encontrar um ambiente rico, com boas condições
nutricionais e ele não está preparado para isso. Então, aos dois anos de idade,
começa a ganhar peso em excesso.”
Período decisivo
Com isso, fica ainda mais claro o papel fundamental da mãe para garantir
a saúde do seu filho. “O mês anterior à gestação, os nove meses de gravidez e
os dois anos do bebê contabilizam os primeiros mil dias do bebê.
Estudos recentes apontam que os cuidados maternos durante esse período,
sobretudo, no que diz respeito à nutrição balanceada, serão cruciais para o bom
desenvolvimento do indivíduo ao longo da vida”, destaca doutora Filumena.
Obesidade, altas taxas de estresse, uma alimentação rica em gordura,
violência, entre outras situações adversas que a gestante pode enfrentar não
passarão impunes para o bebê. “A comunicação mamãe/bebê é feita por meio da
placenta. É essa estrutura que conduzirá não apenas os nutrientes, mas irá
traduzir todas as informações maternas para o bebê. Qualquer uma dessas
condições pode gerar estresse para o feto. Esse estresse poderá alterar o eixo
hormonal que regula funções do organismo como desenvolvimento e crescimento,
menstruação, níveis de transpiração, entre outras várias particularidades de
diversos órgãos”, complementa a especialista.
Dada a relevância do período intraútero para o bom desenvolvimento do
individuo ao longo de toda a vida, Filumena Gomes reforça a importância de
cumprir o pré-natal e vai além: “sempre que possível, o ideal é planejar a
gravidez. Assim, a futura mamãe pode minimizar os efeitos de uma carga
excessiva de trabalho, pode vigiar o ganho de peso e tomar outras providências
que minimizem situações adversas que causarão estresse para o bebê.”
Fonte:ABC da saúde infanto-juvenl/Google imagens e Agencia Brasil
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