Um pouco da História da adesão do Maranhão à independência do Brasil
No Maranhão, as elites agrícolas e pecuaristas eram
muito ligadas à Metrópole e a exemplo de outras províncias se recusaram a
aderir à Independência do Brasil. À época, o Maranhão era uma das mais ricas
regiões do Brasil. O intenso tráfego marítimo com a Metrópole, justificado pela
maior proximidade com a Europa, tornava mais fácil o acesso e as trocas
comerciais com Lisboa do que com o sul do país. Os filhos dos comerciantes
ricos estudavam em Portugal. A região era conservadora e avessa aos comandos
vindos do Rio de Janeiro. Foi da Junta Governativa da Capital, São Luís, que
partiu a iniciativa da repressão ao movimento da Independência no Piauí. A
Junta controlava ainda a região produtora do vale do rio Itapecuru, onde o
principal centro era a vila de Caxias. Esta foi a localidade escolhida pelo
Major Fidié para se fortificar após a derrota definitiva na Batalha do Jenipapo,
no Piauí, imposta pelas tropas brasileiras, compostas por contingentes oriundos
do Piauí e do Ceará. Fidié teve que capitular, sendo preso em Caxias e depois
mandado para Portugal, onde foi recebido como herói. São Luís, a bela capital e
tradicional reduto português, foi finalmente bloqueada por mar e ameaçada de
bombardeio pela esquadra do Lord Cochrane, sendo obrigada a aderir à
Independência em 28 de julho de 1823. Os anos imperiais que seguiram foram
vingativos com o Maranhão; o abandono e descaso com a rica região levaram a um
empobrecimento secular, ainda hoje não rompido.
Fontes:Blog reconstruir a História/Google imagens
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