14 de jul. de 2015

Foto: Isabella Pinheiro / Gshow
Versátil e atual music
Após ganhar o prêmio, do Super star, os amigos revelaram que já possuem planos ambiciosos. "Vamos gravar juntos sim, com o MC Gui. Vai ser uma coisa incrível, nossa e original. Queremos também gravar com Naldo e Ludmilla", disse Lucas durante coletiva de imprensa. Mas além a fama, os garotos pensam em voltar para Salvador para estudar na mesma escola.

História da dupla
Assim como boa parte da nova geração, Lucas Almeida Arcanjo, 19 anos, e João Henrique da Silva Santana, 17 anos, usaram a internet como ferramenta para expor sua arte. Começaram a gravar vídeos cantando algumas das suas composições e divulgaram em uma rede social.

A fama repentina trouxe com ela muito trabalho. Nos dias que antecederam a grande final, Lucas e Orelha não tiveram descanso. Entre uma gravação e outra, os dois tentavam poupar energia. “É cansativo, a gente dorme três ou quatro horas por dia. Mas é legal pra caramba. É o que a gente sonhou, víamos as pessoas na TV e agora nós estamos lá”, comemora.

Não só estão na telinha como, também, estão ao lado de alguns dos seus ídolos. O cantor Thiaguinho, que apadrinhou a dupla no reality show, é um dos artistas que eles gostam de ouvir. Passar de fã à colega de profissão está sendo uma experiência incrível, assume Lucas. “Ele é um cara do bem que passa muitos conselhos, dicas, nos abraça de verdade”, elogia.
Referências
Porém, o encontro mais emocionante para os dois, com certeza, foi com o funkeiro MC Gui. Autor da música Sonhar, aquela que levou Orelha aos prantos, Gui é uma das maiores influências musicais dos jovens baianos. “Curtimos o estilo dele. E agora ele virou nosso amigo, estamos até acertando uma parceria em uma música”, adianta.

Representantes soteropolitanos do funk melody, subgênero predominantemente carioca, Lucas e Orelha se inspiram em artistas contemporâneos como Ludmilla, Anitta e Naldo. Tem ainda os internacionais Justin Bieber, Justin Timbelake e Chris Brown. “Misturamos tudo isso para compor o nosso som”, conta.
Frequentemente comparados à mais famosa dupla de funk carioca do país, Claudinho (1975-2002) e Buchecha, os meninos garantem que não se incomodam: “A gente escutava bastante Claudinho e Buchecha. E achamos legal quando comparam”.

Para Lucas, o fato de formarem um duo de garotos negros, da periferia e que cantam variações do funk melody aumenta as conexões com a outra dupla que fez sucesso no final dos anos 90. “Acho que pode ser por isso, mas a gente curte e até brinca com isso”.

Preconceito
Comparações positivas não incomodam os dois que já tiveram que lidar com relações racistas. “Quando fomos backing vocals de algumas bandas, enfrentamos pessoas preconceituosas. Já chamaram a gente de macaco e nos disseram que negros não iam para lugar nenhum”, recorda.

Não à toa, os dois se sensibilizaram com a jornalista Maria Júlia Coutinho, a Maju do Jornal Nacional, que foi alvo de ofensas racistas nas redes sociais no início do mês.
Para apoiar a campanha #somostodosmaju, os meninos fizeram um vídeo em homenagem à jornalista ao som da música Preta Perfeita, de autoria própria e uma das mais aplaudidas durante as apresentações no programa: “Ela viu o vídeo e comentou. Ficamos muito felizes. Acho que a melhor resposta é deixar o tempo responder, afinal somos todos iguais”. 

Fontes:G1/YouTube/foto G1

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