Fantástico da Rede Globo mostra para o mundo
inteiro a calamidade diária da população maranhense.
Veja trecho da Reportagem:
Casos
de linchamento tem se tornado comuns no Maranhão. Desde 2013, já foram 30
mortes por linchamento somente na Região Metropolitana de São Luís. Uma média
de um caso por mês, mas o que explicaria esses números? O que passa na cabeça
das pessoas que participam dessas “execuções em praça pública”?
Só
nesta semana, aconteceram pelo menos outras duas tentativas de linchamento na
região de São Luís. Na quarta-feira (8), um policial impediu que um rapaz
acusado de tentar roubar uma moto fosse espancado. E, na quinta-feira (9), uma
equipe da TV Mirante passava pela rua no momento que um suspeito de roubar um
celular ia ser agredido pela população. A presença dos jornalistas acabou
salvando o rapaz
“No
momento em que você tem baixos indicadores de desenvolvimento humano, você
também favorece com que essas pessoas não percebam a melhor forma, ou
alternativas diferenciadas para resolver conflitos, ou para resolver situações
de medo ou de violência. Então o que vai acontecer, elas vão tender a resolver
à sua maneira”, diz Artenira da Silva e Silva, coordenadora do Observatório de
Segurança e Sistema de Justiça- UFMA.
“Uma
percepção da ausência do estado ou da incapacidade do estado de dar respostas
para questões de segurança e justiça. Então, você gera uma percepção de
impunidade e isso estimula ações dessa natureza”, diz Ariadne Natal do Núcleo
de Estudos de Violência da USP.
Outro
ponto, segundo os especialistas, é que faltam policiais nas ruas maranhenses: o
Maranhão tem, proporcionalmente, o menor efetivo do país. Uma média de um
policial para cada 892 habitantes, aproximadamente metade da média nacional:
472 habitantes por policial.
“O
governo maranhense entende que não é só aumentar o efetivo, mas estar fazendo
isso no sentido de corrigir a falha histórica do menor contingente do país.
Todos os casos de homicídios, seja qual for a modalidade, passarão por uma
avaliação para chegarmos a autoria e consequente punição dos envolvidos”,
afirma o secretário de segurança pública do Maranhão, Jefferson Portela.
A
Polícia Civil diz que já identificou os envolvidos no caso de segunda-feira (6)
e que todos, tendo ou não antecedentes, vão responder por homicídio.
“O
que se verifica é que pessoas, até sem registro criminal, sem antecedente penal
acaba sendo levado a participar daquela situação. Mas isso para nós é
irrelevante”, diz Claudio Santos Barros, delegado.
Os pais do jovem
morto lamentam que o filho não tenha tido nem a chance de se defender
Fontes:Blog do Ricardo Santos/Google imagens/YouTube/Fantástico Rede Globo
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